sábado, 25 de setembro de 2010

Diogo Mainardi é minha anta

Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge




Por Altamiro Borges



Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

“Fim de uma era de infâmia”

Luis Nassif também suspeita que Mainardi vá deixar o país para evitar a Justiça. A referência ao medo de ser preso “é real. Condenado a três meses de prisão por calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga, como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho. Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Ele foge para todo lado”.

Para o blogueiro que já foi alvo das agressões do pitbul da Veja, o festejado anúncio representa “o fim de uma era de infâmia”. “O problema não é o Mainardi. Ele é apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra. Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro”.

“Sou um conspirador da elite”

André Cintra, editor de mídia do portal Vermelho, apresenta ainda outra hipótese. Ele constatou que Mainardi perdeu espaços na imprensa, inclusive na Veja. “Ele perdeu credibilidade e, talvez, renda”. Essa suspeita já fora apontada, algum tempo atrás, por Alberto Dines, do Observatório da Imprensa. “Há poucos meses, ele puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Veja já não agüenta tanta fanfarronada”.

Levanto aqui outra suspeita. Filhinho de pai, Mainardi sempre fez turismo pelo mundo. Ele não tem qualquer vínculo com o país e seu povo. Até escreveu um livro sugestivamente intitulado de “Contra o Brasil”. Na fase recente, com a eleição de Lula, seu ódio ficou mais doentio. “Sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/08/05). Ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com a sua reeleição.

Coitado do cão sarnento

Este “difamador travestido de jornalista”, como bem o definiu o ministro Franklin Martins, fez inimigos por todos os lados. Satanizou o sindicalismo, o MST, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apoiou o genocídio dos EUA no Iraque e destilou veneno contra Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. O seu egocêntrico “tribunal macartista mainardiano”, no qual fez acusações levianas contra vários jornalistas, gerou protestos das entidades do setor.

Odiado por todos e prevendo a derrota do seu candidato nas eleições de 2010, Mainardi anuncia agora: “Vou embora”. Talvez não sinta mais clima para ficar no país e perceba que suas bravatas fascistas não convencem muita gente. Teme até ser preso por suas difamações e calúnias. Não agüentaria a continuidade da experiência aberta pelo presidente Lula, com a eleição de Dilma Rousseff. No twitter, brinquei que sua fuga lembra o cachorro sarnento que abandona o próprio dono. Muitos reagiram: é sacanagem com o pobre animalzinho. Concordo e peço desculpas! 


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Neymar Futebol Clube - antigo Santos Futebol Clube

A vitória de Neymar na queda de braço com técnico Dorival Junior do comando do Santos gerou uma avalanche de frases brincando com a situação no Twitter.
 
Confira abaixo algumas das frases mais criativas feitas pelos internautas:
 
Neymar demite juiz que marcou falta dele! Neymar não faz falta, os jogadores que caem com medo dele! #NeymarFacts 
 
!!º mandamento: Jamais deixará de satisfazer Neymar! Deixará que ele cobre todos os pênaltis e xingue você, ou será demitido! #neymarfacts 
 
Neymar comprou um iPhone 4. Três segundos depois, Steve Jobs foi demitido! #neymarfacts
Neymar Futebol Clube acaba de declarar o novo nome do planeta Marte, que a partir de agora será: Neymarte #Neymarfacts 
 
DENUNCIA: Estava jogando Fifa no PC e ele deu tela azul depois que substituí o Neymar. #neymarfacts 
Numa excursão do time infantil do Santos pela Alemanha em 1989, foi Neymar quem derrubou o Muro de Berlim. #neymarfacts 
 
O q o presidente do Santos disse a Neymar Futebol Clube quando demitiu Dorival Junior?”Venha tesouro, não se misture com essa gentalha” 
 
“Tropa de Elite 3” já tem história definida. Nascimento é chamado pra treinar o ex-Santos, atual Neymar Futebol Clube. 
 
Neymar Futebol Clube chama o Capitão Nascimento de 02 
 
Se o Neymar participar do Big Brother Brasil e ele for eliminado… quem sai é o Pedro Bial 
 
E o Neymar vai mudar o nome do clube de Santos pra Santo. Afinal, santo lá, só ele.


Nova Técnica do Santos
Começam as especulações sobre próximo treinador do Santos. Neymar no entanto não confirma nenhum nome!

Quando apareceu CALA BOCA NEYMAR NOS TT's, ele demitiu o dono do twitter.

Quando o Neymar Futebol Clube perde uma partida de futebol no Playstation 2, cai um presidente da Sony.

Depois de ter demitido Dorival Junior, Neymar promete anunciar ainda esta semana novo técnico do Santos Futebol Clube.

O médico que deu um tapa no traseiro do Neymar nunca mais encontrou um emprego.

Neymar declara que só saberemos se o Mano Menezes continuará no cargo de técnico da Seleção Brasileira depois da próxima convocação.

O Dorival disse para Neymar: só vou ser Demitido no dia que Nevar em São Paulo!

O Neymar fez chover em São Paulo.

O Neymar previu o atentado de 11 de setembro.

Neymar, aos 9 anos, passeava por NY quando teve sua entrada proibida no World Trade Center. Data do evento: 10/09/2001

o Neymar vai dar game over no #Restart e dar um #Restart nos Mamonas Assassinas!

Neymar pediu pra ser rei, Roberto Carlos e Pelé hoje São meras celebridades

Lula apostou um dedo com Neymar pra ver quem era o homem mais poderoso do Brasil

Neymar mandou soltar o bruno, pq ele quer fazer um gol nele

Neymar Justos para o aprendiz Dorival: "Dorival, vai tomar no cu, você está demitido!

Neymar foi a pessoa que mais ligou para o Criança Esperança.

Neymar tem tanto R$ que ele nem se importava de pagar pensão pra Stephanie Brito.

O Neymar é tão rico que paga o seu próprio salário, porque ninguém tem tanto dinheiro.

Quando dizem que "Felicidade não tem preço" é porque ninguém sabe quanto Neymar pagou por ela.

O Neymar é tão rico q o q ele recolhe de imposto de renda é o suficiente para cobrir o rombo da previdência.

A gorjeta que o Neymar dá pro entregador de pizza é maior que o seu salário por mês.

O Messi deu um helicóptero pro Maradona.. O Neymar já encomendou um onibus espacial pro Mano Menezes.

O neymar é tão rico,que quando sua casa suja ele não contrata uma empregada,ele compra uma casa nova.

Antes de fazer uma pesquisa espacial, a NASA entra em contato com Neymar para conseguir o dinheiro necessário.

Neymar só não foi pro Chelsea porque um jogador não pode ganhar mais que o dono do clube.

Neymar é tão rico que pediu um joão-bobo pra treinar lençol. Acabou ganhando o Chicão e Marcinho Guerreiro.

O Neymar é tão rico que ele não dá caneta nos adversários, ele dá Mont Blanc.

O neymar é tão rico que o seu barriga deve 14 meses de aluguel pra ele.

Quando Neymar recebe cartão amarelo, o cartão é de ouro.

Neymar é tão rico que Eike Batista pediu dinheiro emprestado a ele.

Neymar não faz gol, porque gol é carro popular.

Neymar é tão rico, que quando estava passeando em Brasília perdeu sua carteira no meio da rua, esse lugar agora é conhecido com Banco Central

O Neymar é tão rico q nunca dá carrinho.. dá Ferrari, Lamborghini..

Chelsea fez uma proposta ao Santos para comprar Neymar e Neymar fez uma proposta ao Chelsea para comprar o Chelsea.


  • Neymar chama Dorival de viado e a diretoria do São Paulo já se interessa pela contratação do ex-técnico do Santos."


  • Neymar vai ser o protagonista do remake do filme 'Ninguém segura esse bebê
  • Neymar chama Capitão Nascimento de 02
  • Vou dormir porque se eu chegar atrasado no trabalho amanha o Neymar me demite! Boa noite
  • Quem vai entrar no lugar de Dorival Jr no Santos? A Super Nanny é a mais cotada!
  • Se o Neymar participar do big brother brasil e ser eliminado ..quem sai é o Pedro Bial
  • O dono do Chelsea desistiu de comprar o neymar por medo de ser demitido por ele depois
  • Neymar é o único cara que xinga o chefe e o chefe é que é demitido   
  • Neymar é que vai escolher o presidente do Brasil. Não percam seu tempo votando
    • Oi, Neymar... Manda essa minha enxaqueca cabulosa ir embora, por favor? Eu sei que você pode!
  • Quando parar de jogar futebol Neymar vai dar palestra para funcionários de como demitir seu chefe. 
  • Fiquei sabendo que o Neymar vai assumir o aprendiz. Ele vai demitir mais pessoas que o Justus
  •  Quando criança, Neymar não brincava de lutinha: mandava os outros se jogarem no chão e decretava vitória.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dossiê Veja



(Na foto, os ACMs, alguns dos "gurus" da publicação.)

NovaE foi uma das pioneiras a denunciar o jornalismo marrom da revista.
Relembre alguns casos de manipulação dos fatos feita por Veja
Verbete: dossiê
[Do fr. dossier.]
Substantivo masculino.
1.Coleção de documentos referentes a certo processo, a determinado assunto, ou a certo indivíduo, etc.

Laboratório de invenções da elite
Por Anselmo Massad, da revista Fórum

 

Manipulação e maldade: Matérias encomendadas, fotos manipuladas, para desmoralizar os sem-terra. Fraternidade com os excluídos só da boca para fora da "família brasileira".
Um movimento popular ganhava atenção e simpatia da opinião pública fazia dois anos. Era preciso desmoralizá-los. Em junho de 1998, a capa da revista semanal com maior tiragem do país enquadrava uma das lideranças do movimento com uma iluminação avermelhada produzida nas telas de um computador sobre o rosto com uma expressão tensa. A chamada não deixava dúvidas: “A esquerda com raiva”. O rosto demonizado era de João Pedro Stédile, líder do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), e a publicação, Veja.
Na matéria, além de explicitar sua posição, descredenciando o movimento por defender idéias contrárias às defendidas pela revista, os sem-terra eram apresentados como grupo subversivo-revolucionário, quase terrorista. Apesar das quase duas horas de entrevista, só foram aproveitadas declarações do líder de debates sobre socialismo em congressos devidamente descontextualizados. Stédile conta que, após a publicação daquela reportagem, ele e as lideranças do movimento tomaram a decisão de não atender mais à revista. Na época, uma carta anônima circulou por correio eletrônico revelando supostos detalhes de como a matéria teria sido produzida. A carta não comprova nada, e atribui ao secretário geral de Comunicações de Governo de Fernando Henrique Cardoso, Angelo Matarazzo, a “encomenda” para desmoralizar os sem-terra.
A iniciativa de não dar entrevistas à Veja também foi adotada por Dom Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo da Arquidioscese de São Paulo, quando presidia a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O motivo era a distorção da cobertura. Procurado, não quis discutir o tema, apesar de manter a determinação de não conversar com jornalistas do veículo.


Amaldiçoando Chavez
O presidente da Venezuela é "tudo de mal" para quem faz "beicinhos" em cafés beneficientes.
O presidente venezuelano Hugo Chávez é o mais recente alvo no plano internacional. Em 2002, Veja chegou às bancas no domingo com a chamada "A queda do presidente fanfarrão", quando a reviravolta já havia ocorrido e a manobra golpista denunciada. A "barriga", jargão jornalístico empregado a erros da imprensa, não foi sequer corrigida ou remediada. Em 4 de maio desse ano, Hugo Chávez voltou a ser alvo da revista, com a pergunta na capa "Quem precisa de um novo Fidel?", ditador cubado a quem a revista sempre se esperneou.
A lista é extensa, mas as razões derivam de uma fórmula simples. “Veja faz um jornalismo de trás para a frente”, explica Cláudio Julio Tognolli, repórter do semanário na década de 1980 e hoje professor da USP.Segundo ele, se estabelece uma tese e a partir dela se parte para a rua, para a apuração. Ouvir lados diferentes da história e pesquisar sobre o tema são práticas que não alteram a “pensata”, jargão para definir a tese que a matéria deve comprovar. Dentro da redação, o melhor repórter é o que traz personagens e fontes para comprovar a tese. “Assim, Veja ensina à classe média bebedora de uísque o que pensar”, alfineta.
Júlio César Barros, secretário de redação da revista, negou esse tipo de procedimento, em entrevista realizada em meados de 2003. Ele admitiu, porém, que a posição da revista é muito clara e conhecida por todos, do estagiário ao diretor. “Medidas irresponsáveis, que atentem contra as leis de mercado ou tragam prejuízos para a economia não terão apoio da revista, que prefere políticas austeras e espaço para o empresariado”, resumiu. A versão oficial do jornalismo praticado pela revista é de que, depois de ouvir especialistas e as pessoas envolvidas, o repórter normalmente já tem uma opinião formada sobre o assunto e a reproduz na matéria. Quem já trabalhou na revista nega.


A Esquerda boba
Partidos à esquerda de Lula são utilizados conforme os interesses da revista, visando demonstrar algo demoníaco para grupos sociais que só lêem orelhas de livros.
“As assinaturas das matérias são uma ficção”, sintetiza um ex-colaborador da revista que não quis se identificar. As matérias são reescritas diversas vezes. O repórter entrega o texto que é modificado pelos editores, depois refeito pelos editores executivos e, por fim, pelos diretores de redação. No final da “linha de montagem”, o repórter, que pacientemente aguardou a edição para uma eventual necessidade de verificação de dados, não tem acesso ao texto até ver um exemplar impresso. O processo é narrado no livro do ex-diretor de redação da revista Mário Sérgio Conti, que fez parte da cúpula da publicação até 1997, como chefe de redação e diretor. A opinião que prevalece é a da revista, ainda que todos os entrevistados tenham dito o oposto, mesmo que para isso seja preciso omiti-las do leitor.
A criação de frases de efeito para os entrevistados foi, durante a década de 1980, prática comum, conforme narram diversos jornalistas ex-Veja. É do inventivo do ex-diretor Elio Gaspari a frase assumida por Joãozinho Trinta: “Quem gosta de pobreza é intelectual”. Outras foram criadas, algumas sem consulta, no caso de fontes mais próximas aos repórteres e diretores, que ganhavam carta-branca como porta-vozes de certas personalidades.
No quesito busca de frases, Tognolli conta que elaborou com colegas um dicionário de fontes que incluía verbetes como “Sindicalista que fala bem da direita” ou “Militar que fala bem da esquerda”. O material informal de consulta chegou a 70 verbetes e inúmeros nomes. Algo essencial para os dias de fechamento e encomendas de declarações sob medida.
Veja por dentro
Assim como outras revistas semanais, a estrutura é extremamente centralizada. Até o cargo de editor, o jornalista ainda é considerado de “baixa patente”, ou seja, não decide grandes coisas sobre o que será publicado. Dos editores executivos para cima já se possui poder sobre a definição do conteúdo, mas os profissionais são escolhidos a dedo. Além de competência profissional — qualidade de texto, capacidade intelectual e ampla bagagem cultural — é preciso estar muito alinhado com a editora.


Julgamento sumário 
Cássia Eller, a exemplo de Cazuza, condenada por algo que não ocorreu para manter o dito: "costumes ruins é com os filhos dos outros".
Afinados, os diretores têm grande liberdade para controlar a equipe. Quanto ao conteúdo, o espaço é considerável, ainda que o presidente do conselho do grupo, Roberto Civita, o herdeiro do império da Editora Abril, participe das reuniões que definem a capa de Veja, junto do diretor de redação, do diretor-adjunto (cargo hoje vago), do redator-chefe e, eventualmente, do editor-executivo da área.
O ex-redator-chefe, atualmente diretor do jornal Diário de São Paulo relata que Civita sempre foi muito presente na redação, ainda que sem vetos ou imposições do patrão. Leite sustenta que as matérias e capas sempre foram feitas ou derrubadas a partir de critérios jornalísticos. “Roberto Civita acompanhava a confecção da revista, sabia de seu conteúdo e dava sua opinião em reuniões regulares com os diretores da revista. Mas, de vez em quando, até saíam matérias com as quais ele não estava de acordo”, garante. Leite afirma que, nesses casos, cobrado por políticos e empresários, Civita respondia que “não controlava aquele pessoal”. “Claro que controlava, mas sabia que fazer revista não é igual a fabricar sabonete”, compara.
A revista busca agradar a quem a compra: a classe média conservadora. A tiragem semanal da revista é de 1,1 milhão de exemplares, sendo 800 mil assinantes e o restante vendido em banca. “A maioria dos que compram, gostam das opiniões, gostam do Diogo Mainardi”, lamenta Raimundo Pereira, um dos primeiros editores da revista na época em que lá ainda trabalhava o seu criador, Mino Carta.
  

Onde está a notícia?
 -  Será que a amizade com editores e diretores rendem bons frutos? Ou os interesses seriam outros? Faça você sua análise.
A cúpula da publicação reflete esse perfil. O diretor de redação Eurípedes Alcântara e o ex-diretor da revista Exame Eduardo Oinegue, autor da matéria de 1998 sobre os sem-terra, são membros do São Paulo Athletic Club, o Clube Inglês, freqüentado pela elite paulistana. Oinegue costumava defender que os jornalistas devem circular e manter amizades no meio em que cobrem. Entre empresários, se a editoria é Economia, políticos, se é Brasil etc.
Os preconceitos da elite são refletidos pela revista. Além dos movimentos sociais, há quem relate que um dos bordões de Tales Alvarenga, atual diretor de publicações, em sua fase à frente da revista era: “Não quero gente feia”. Por gente bonita, referia-se não apenas a padrões estéticos de magreza, mas também aqueles ligados à cor da pele. Segundo colaboradores próximos,fotografar negros seria quase certeza de material desperdiçado.
A despeito de comentar o livro de Mário Sérgio Conti, o ex-editor-executivo de Veja, hoje diretor do Diário de São Paulo, Paulo Moreira Leite, criticava a obra por ser parcial demais e não ser fiel aos fatos, especialmente os que envolviam os amigos do diretor. “A amizade e a proximidade excessiva com os poderosos são o caminho mais comum e mais eficaz para a impostura e a falsidade, o erro e a arrogância”, afirmava na época. Procurado novamente para falar a respeito, recusou-se a falar mais sobre Conti.
Falando em amizades, um caso em que essas relações foram reveladas, mas nem por isso foram explicadas ocorreu em novembro de 2001. O nome da editora de economia de Veja, Eliana Simonetti, aparecia na agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos. Ela recebeu a quantia de 40 mil reais em empréstimos, segundo sua própria estimativa. A revista, de acordo com a jornalista, sabia do relacionamento. Quando os repasses vieram a público, ela foi demitida, sob a alegação de "relacionamento impróprio" com uma fonte.
  
A triste e desinformada classe média -  Que enaltece o "império", quer se manter sempre jovem e medíocre, pois se pauta pela novela das 8.
O maior problema é que a informação surgiu a partir de uma agenda do lobista, envolvido com empresas transnacionais e influência direta sobre funcionários do Palácio do Planalto. Quem revelou a existência do documento foi Veja, cuja reportagem fez vista grossa ao nome da colega. Para dar satisfação à opinião pública, a revista publicou somente uma nota a respeito. Nenhuma investigação foi promovida sobre eventuais matérias compradas, hipótese negada pela ex-editora e pela revista. Simonetti não respondeu aos contatos, mas afirmou, à época, que "todo jornalista tem seu lobista", colocando toda a classe sob suspeita. Ela processou a Abril, e ganhou em primeira instância no ano seguinte o direito à indenização de 20 vezes o valor do último salário.
Império
Publicações tradicionais do mundo todo têm sua posição claramente conhecida pelo público, sem roupagem de imparcialidade. Os questionamentos éticos aparecem quando as relações por trás desses interesses não são transparentes ao público leitor. Um dos motivos dessa falta de transparência é o surgimento dos grandes conglomerados de comunicação. Esse fenômeno adquire contornos mais dramáticos no Brasil, que permite a propriedade cruzada dos meios de comunicação (uma mesma empresa detém meios impressos e televisivos, por exemplo).
O presidente da Radiobrás e ex-diretor de publicações da Abril, Eugênio Bucci, alerta que os grupos transnacionais de entretenimento compram TVs e jornais e os restringem a um mero departamento. “A pergunta que se colocava antes era se o jornalismo é capaz de ser independente do anunciante. Hoje se questiona se ele é capaz de ser independente do grupo que o incorporou”, avalia.
   
Sexo para vender -  O "falso moderno" utilizado na apelação básica e para quando o foco deve ser desviado, conforme os interesses imediatos. Frustrações devem ser mantidas dentro do armário.
A concentração dos veículos de comunicação nas mãos de poucos grupos, ainda que nacionais, é a marca da história da mídia no Brasil. O grupo Abril não foge à regra. Ele abarca um complexo que envolve 90 revistas, duas editoras de livros (Ática e Scipione), uma rede de TV (MTV), uma de TV a cabo (TVA) e uma rede de distribuição de revistas em banca de jornal (Dinap), além de inúmeras páginas na internet. Tem sete das dez revistas com maior tiragem no país e, nesse quesito, Veja é a quarta maior do mundo.“A Abril faz o que for preciso para expandir seu império, se for preciso derrubar um artigo da Constituição, alterar leis ou políticas, ela usa suas publicações para gerar pressão”,sustenta Giberto Maringoni, jornalista, chargista e doutorando em história da imprensa.
A evolução do império Abril dá uma mostra de como ela soube usar bem sua, digamos, habilidade. O início das atividades se deu em 1950, com a publicação das revistas em quadrinhos do Pato Donald, personagem de Walt Disney. O milanês Victor Civita aproveitava a licença para a América Latina e a amizade do irmão Cesar com o desenhista norte-americano para lançar os produtos. Apesar de simbólico, não se pode dizer que o grupo tenha sido um propalador de enlatados norte-americanos ou produzido materiais de má qualidade em sua história.
 

Inflando balões -  A procura de uma alternativa para derrotar Lula, a revista atirou em todas as direções. Teve que engolir o "sapo barbudo" que obriga a classe média a revelar seus preconceitos com os pobres e os feios.
O surgimento de diversas revistas, incluindo Veja, um semanário informativo — e não uma revista ilustrada, como o nome e as concorrentes sugeriam —, o lançamento de coleções na década de 1960, como A conquista do espaço, a revista infantil Recreio, sob o comando da escritora Ruth Rocha, e a revista Realidade, uma das melhores feitas no país até hoje, são exemplos de publicações de qualidade da editora. Qualidade que não se manteve, segundo o diretor responsável pela criação de Veja em 1968, Mino Carta. Ele considera a publicação da Abril muito ruim, assim como todas da grande imprensa brasileira, à qual lê muito pouco, para “não sofrer demais”. Na época em lançou o livro Castelo de Âmbar (Editora Record, 2000), afirmou aos quatro ventos a incompetência e até a “imbecilidade”, em suas palavras, dos donos da Abril, que “não entendiam nada de Brasil, assim como não entendem ainda hoje.”
O episódio da demissão de Carta do seu posto na revista Veja é um exemplo do tipo de interesses que pautam os donos da Abril e o jornalismo de suas publicações. A censura prévia havia sido suspensa em março de 1974, com a posse do general Ernesto Geisel. Combativa, a redação publicou três capas seguidas com duras críticas ao governo. A gota d'água para o regime foi uma charge de Millôr Fernandes, que apresentava um preso acorrentado e um balão com a fala de um carcereiro oculto, do lado de fora da cela: “Nada consta”.
Na negociação operacional da censura, Carta conta que Roberto Civita, filho de Victor, ofereceu a cabeça de Millôr a Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, para tentar evitar a censura. O então ministro da Justiça, Armando Falcão, queria a cabeça de Carta. No livro, ele menciona uma carta escrita por Sérgio Pompeu de Souza, o preferido de Falcão e diretor da sucursal de Brasília, sugerindo ao conselho a demissão do diretor para facilitar as coisas para a revista. Carta afirma que, entre as facilidades, estava incluso a liberação de um financiamento da Caixa Econômica Federal para saldar uma dívida de 50 milhões de dólares no exterior.
Na versão oficial, reproduzida no livro de Conti, os Civita queriam noticiar os progressos do país e Carta, só os aspectos negativos do regime. Queriam ainda expandir o grupo, com a construção de hotéis. Foi preciso ceder ao governo. O episódio decisivo foi a exigência da demissão do dramaturgo Plínio Marcos, colunista da revista. A negativa de Carta em fazê-lo foi o motivo alegado para o seu desligamento, em abril de 1976. Dois meses depois, a censura na revista acabou.


De caçador de marajás a criminoso - 
Uma classe social que não sabe votar, mas é mestra em deixar seus protegidos no meio do caminho, "dependendo do que ele faça com a poupança da mamãe".
Desde então, Veja tem servido a interesses políticos e econômicos para preservar os seus, ainda que isso implique mudança de posição. Um exemplo foi o comportamento na ascensão e queda do ex-presidente Fernando Collor de Melo. O livro Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conti, conta em detalhes o período, ainda que inclua a maioria da grande imprensa. Da capa sobre "O caçador de marajás", em 1988, até a “Caso encerrado”, sobre a morte de Paulo César Farias, a despeito do laudo do médico-legista Fortunato Badan Palhares, em 1993. A adesão automática à candidatura alternativa aos perigosos Leonel Brizola e depois Luiz Inácio Lula da Silva, favoritos naquele pleito, foi dando lugar aos escândalos de corrupção no decorrer do governo.
Os que têm seus interesses atendidos pela revista também mudam. Para Tognolli, durante a década de 1980, a revista vivia sob a tutela de Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), quando Elio Gaspari era o diretor da revista. Nos anos de Mário Sérgio Conti, houve uma pequena melhora, até a transição ocorrida nos anos de Fernando Henrique em Brasília“O que antes era ninho dos baianos, hoje é ninho dos tucanos. Quem começou a campanha da mídia contra o atual governo foi Veja”, sustenta.


FHC e ACM  
 -  Dois caciques se revezam no posto de manda-chuva da elite com "causa própria" da sociedade brasileira.
Um levantamento das capas entre os anos de 2000 e 2005 mostram claramente o seu jornalismo tendencioso. Política interna e economia são os temas de capa mais freqüentes em 2000, 2002 e 2005. Curiosamente, em 1998, ano de eleições federal e estadual, esses temas estiveram bem ausentes: só foram destacados em 11 das 52 edições. Nada se compara a 2005, em que quase metade das 28 capas produzidas até o fechamento desta reportagem destaca temas políticos. Desnecessário dizer que o prato principal era a corrupção.
Um exemplo foi o uso de uma pesquisa do Instituto Ipsos Opinion, divulgado pela revista na edição de 13 de julho. No levantamento, constatou-se que 55% dos entrevistados acreditavam que Lula conhecia o esquema de corrupção, ao mesmo tempo em que a popularidade pessoal e do governo permaneciam estáveis em relação ao estudo anterior. A avaliação dos analistas do grupo, de que a imagem do presidente permanecia intacta, foi omitida, o inverso do apregoado pela reportagem de capa. A visão dos autores só foi publicada depois de duas edições na seção de cartas, sem o menor destaque.


FHC pode -
 Uma única capa sobre a compra de votos no governo FHC, substituiu o termo "Corrupção" por "Reeleição".
Raimundo Pereira acredita que, se não fosse o caso do financiamento de campanha, é bem possível que se achasse outro assunto para desmoralizar o atual governo. “Veja não está isolada em sua ação, mas é a ponta de lança, a que tem mais prestígio e circulação”, avalia.
Tratamento bem diferente daquele dado ao caso da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre o assunto, com o rosto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada “Reeleição” e “A compra de votos no Congresso”, em letras menores. Como se não fosse corrupção. Assepsia total para o Planalto. Um servilismo ao governo que, com os petistas no poder, se transformou em ódio.

A FOLHA MENTE, SEGUNDO EMIR SADER

Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

Por Emir Sader
As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo.
A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio .
Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.
O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem man dato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.
O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) polí tico, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.
Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 – o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.
Episódios como o da “ditabranda”, da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria “matado” (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista qu e o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi, que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria “um funeral” (sic). Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.
Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.
Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras manipuladas – por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.
Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.
Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.
Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A criação de um "monstro"

"Vai tomar no ... seu técnico do c..."

A polêmica criada por Neymar na quarta-feira, no jogo contra o Atlético-GO, na Vila Belmiro, se iniciou com ofensas aos companheiros dentro de campo e terminou com uma atitude desrespeitosa à comissão técnica de Dorival Júnior. 
Depois de proferir xingamentos dentro de campo ao saber que Marcel iria cobrar o pênalti, e não ele, o atacante ficou irritado e deixou o campo no fim do jogo sem dar entrevistas. Ao chegarem no vestiário, Dorival cobrou de Neymar respeito com o grupo.
- O que você está fazendo não é atitude de homem, mas de moleque. Sempre o protegi e você não pode me ofender - disse Dorival.
Neymar, por sua vez, tripudiou do treinador e não gostou da maneira como foi chamada a sua atenção.
- Você não pode me chamar de moleque - respondeu.
Naquele momento, o auxiliar de Dorival, Ivan Izzo, interveio na discussão e tentou apaziguar o clima, pedindo calma a ambos. O atacante relatou a Ivan que Dorival o havia chamado de "moleque". O assistente de Dorival, porém, deu apoio ao técnico. Neymar, revelando estar definitivamente muito chateado com a situação, lançou um copo de isotônico em direção ao rosto de Ivan Izzo.
DESCONTROLE EM CAMPO
Depois do pênalti cobrado por Marcel, na vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-GO, na Vila Belmiro, Neymar já tinha dado mostras de descontrole em campo. O jogador abusou das pedaladas e dos lances individuais e não tocou a bola para os companheiros. O primeiro a chamar a atenção do jogador foi o capitão Edu Dracena. O zagueiro, porém, ouviu de Neymar: "Edu, vai tomar no ...".
Na sequência, Dorival também repreendeu o jogador e foi ofendido: "Vai tomar no ... seu técnico do c...". O último a tentar controlar Neymar foi o volante Roberto Brum, que também recebeu ofensas do companheiro.

Neymar é o ‘rei das polêmicas’ no Santos

As polêmicas em torno da Joia já viraram rotina. Na partida contra o Atlético Goianiense, a revolta começou antes mesmo do pênalti, já na cobrança de uma falta, quando novamente Marcel bateu.
Depois, a Joia ainda bateu boca com Roberto Brum, Marquinhos e Edu Dracena. Acompanhe mais brigas e polêmicas do camisa 11:
Sem caridade?
Equipe foi ao Lar Mensageiros da Luz, em Santos, para entregar ovos de páscoa a portadores de paralisia cerebral. Neymar e outros companheiros preferiram ficar no ônibus. Depois, atacante foi ao local para corrigir erro.
Chapéu
Contra o Corinthians, Santos vencia a partida por 2 a 1 e após uma jogada no campo de ataque, já com o jogo paralisado, atacante deu um chapéu no zagueiro Chicão. Neymar foi empurrado e levou cartão amarelo.
Balada
Antes do jogo contra o Atlético Goianiense, pelo primeiro turno, jogador se apresentou atrasado à concentração junto com Ganso, Madson e André. Joia foi multada e ficou em Santos treinando.
Cavadinha
No primeiro jogo da final contra o Vitória, atacante abusou ao bater o pênalti com cavadinha, defendido pelo goleiro Lee. Jogador foi vaiado na Vila.
Chapéu 2
Mais recentemente foi a vez do volante Marcinho Guerreiro. Também com o jogo paralisado após cometer uma falta, Joia fez jogada e irritou jogador do Avaí.
Milionário
Na mesma partida, contra o Avaí, jogador discutiu com o técnico adversário, Antonio Lopes. No fim, Lopes afirmou que Neymar provocou seus jogadores dizendo ser milionário e poder tudo. Jogador desmentiu o fato.
Twitter
Contra o Ceará, após confusão no fim da partida, jogador usou o microblog para desabafar e afirmou estar “cansado”.
A MAL-CRIAÇÃO DE UM MONSTRO
Os paparicos dados ao jogador Neymar pela imprensa, dirigentes e empresário o deixam fora da realidade. Todos os pais e educadores sabem que impor limites é o ponto chave para uma boa educação e formação para a cidadania. Vejo após este episódio, que para mim já era anunciado, uma tropa de choque saindo em defesa do jogador. Através de seu Twitter, o empresário de Neymar, Wagner Ribeiro criticou o técnico do Atlético-GO, Renê Simões, pelas declarações feitas sobre o ocorrido, ele chamou o treinador de medíocre, disse que Simões está levando o time rubro-negro para a Série B e se aproveitou da confusão envolvendo Neymar para desviar a atenção pela virada sofrida. Como empresário ele prova que entende muito de dinheiro, o que recebe muito com o Neymar, e pouco de educação e caráter. A reação dele, Wagner Ribeiro, traduz a realidade dos negócios com futebol. Agrada-se o atleta o máximo possível para que assim se possa lucrar com a sua performance. A falta de limites é clara quando se tem muito dinheiro e pouca orientação, vide os casos recentes de Bruno, Adriano, Wagner Love, etc. Conhecemos o caráter de técnicos como Antonio Lopes (senhor de idade), Dorival Júnior e Renê Simões, todos tidos como cavalheiros educados e disciplinadores. Ao Neymar resta um conselho: FALTA DE EDUCAÇÃO TEM CURA - CONSULTE UM PROFESSOR!