quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pecado é Pecado

Um paulista, trabalhando pesado, suado, terno e gravata, vê um baiano deitado numa rede, na maior folga.

O paulista não resiste e diz:

-Você sabia que a preguiça é um dos sete pecados capitais?

E o baiano, sem se mexer, responde:

- Óxente!!!! E a inveja é o quê?!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Calem a boca, Nordestinos!

Por José Barbosa Junior  
A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mayara Petruso
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…
Mayara acabou sendo demitida do escritório de advocacia em que estagiava e poderá responder a uma ação penal, proposta ao Ministério Público Federal em São Paulo pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Pernambuco. Pelo crime de racismo ela pode ser condenada a reclusão de dois a cinco anos, com multa. Pela prática de incitação pública a violência e homicídio, ela pode ser condenada a detenção de três a seis meses, ou multada, informou o presidente da OAB/PE, Henrique Mariano.
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Medalha para um trapalhão ou a nova máfia do apito




Gutemberg nas graças de Jorge Rabello e Patrícia Amorim



Assim como o técnico Paulo Cesar Gusmão e os jogadores, o presidente Roberto Dinamite reprovou a maneira como o árbitro carioca Gutemberg de Paula Fonseca conduziu o empate em 1 a 1 entre Vasco e Flamengo, domingo.



Porém, em vez de lamentar, Dinamite gostaria que o julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) fosse igual para os dois lados. Da mesma maneira que atletas e treinadores são condenados por suas palavras e atitudes em campo, com prova de vídeo, os árbitros também deveriam ter que responder.
“A defesa deveria ter o direito de levar um vídeo como prova. Seria bom para todos mostrar o árbitro, fazer uma leitura labial”, sugere Dinamite. “Os jogadores se preparam a semana inteira, para um detalhe colocar tudo a perder”, completou, sem concordar com a expulsão do zagueiro Dedé.
Contra o Flamengo, o presidente usou a expressão muito repetida por Felipe e PC no vestiário após a partida: “Foram dois pesos e duas medidas. O lance do Dedé era para dar amarelo, e o do Eder Luis com o David, em que ele matou o contra-ataque, também tinha que ter tido cartão”.
Segundo o meia Felipe, até ameaças o apitador fez dentro de campo. 

"Ele estava bastante exaltado. Além de me ameaçar depois de expulsar o Dedé, dizendo que eu ia ser o próximo, ele falou que eu estava há muito tempo fora do Brasil, que não o conhecia e que ele era muito bom", relevou o jogador nos vestiários do Engenhão. O tumulto citado aconteceu no segundo tempo, após entrada dura do zagueiro do Vasco em Willians, pela qual recebeu direto o cartão vermelho. 

O técnico cruzmaltino, Paulo César Gusmão, que foi expulso pelo excesso de reclamação, não poupou críticas a Gutemberg. "Quando a gente é bom, não precisa falar para os outros. Acho que, quanto menos aparecer, principalmente a arbitragem, mais você mostra que tem capacidade. Ele é um grande árbitro, é carioca e conhece a história do clássico, mas teve dois pesos e duas medidas", apontou.

Segundo o treinador do Vasco, Gutemberg teria dito, ao ser cobrado: "Se eu fui injusto, o problema é meu". 



árbitro Gutemberg de Paula Fonseca vai receber em oito dias a medalha Pedro Ernesto, a mais alta condecoração entregue pela Câmara de Vereadores do Rio.



A honraria é mais um degrau na carreira extracampo de Fonseca.
Além de árbitro, ele é assessor parlamentar. É chefe de gabinete do vereador Fernando Moraes, na própria Câmara Municipal carioca.
Fonseca começou a ganhar espaço no quadro nacional em 2005 após o caso da Máfia do Apito. Edson Resende, que substituiu Armando Marques na comissão de arbitragem da CBF, gostava do seu estilo e passou a incluí-lo em mais sor teios.
Em seguida, Fonseca também caiu nas graças do presidente da comissão de arbitragem da Ferj e presidente do Sindicato dos Árbitros do Rio, Jorge Rabello, e passou a ser escalado em clássicos e decisões do Campeonato Carioca.
Por duas vezes, esteve para ser indicado para o quadro da Fifa, mas em ambas o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sergio Correa, pôs outros árbitros cariocas, Marcelo de Lima Henrique e depois Péricles Bassols.
Neste ano, Fonseca, em parceria com Moraes, conseguiu a aprovação de vários projetos de interesses dos cartolas da Ferj (veja detalhes no quadro ao lado).
E em outubro, com a interferência do próprio Teixeira, foi nomeado para o quadro da Fifa (a partir de 2011), no lugar de Bassols.
PATRÍCIA AMORIM
A iniciativa de outorgar a honraria a Fonseca partiu da mesa diretora da Câmara de Vereadores. O vereador Stepan Nercessian, vicepresidente da Câmara, disse se lembrar de ter assinado o pedido, mas negou ser iniciativa dele e disse que considera Fonseca “muito novo” para receber essa honraria.
– Essa medalha é pelo que o cara já fez, não pelo que vai fazer.
Outro vereador que assinou o pedido foi a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. A assessoria de Amorim disse que a iniciativa foi do presidente da Câmara. No clássico o árbitro deixou de dar cartões e inverteu várias faltas a favor do Flamengo. Por que será? Estava de olho na medalha?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Val Baiano Facts

Estão circulando pela internet os Val Baiano Facts. Confira:
1 – Val Baiano é o único caso de paranormalidade que o Padre Quevedo aceita como verdadeiro.
2 – A última cabeçada que Val Baiano acertou foi na quina da mesa quando tinha 3 anos de idade e isso explica muita coisa.
3 – Se as bandeirinhas de corner virassem as traves, Val Baiano chutaria todas as bolas na lateral.
4 – Se as traves fossem arvores, Val Baiano seria resposavel pelo desmatamento da Amazônia.
5 – Val Baiano já perdeu um duelo de embaixadinhas para o Saci Pererê.
6 – Chuck Norris contou até o infinito duas vezes mas não conseguiu contar os gols perdidos por Val Baiano.
7 – Val Baiano mata 12 mosquitos por jogo aplaudindo os lançamentos do Pet que ele desperdiça.
8 – Você pode comprar um DVD com os gols de Val Baiano em qualquer papelaria próxima a sua casa. Basta pedir um DVD virgem.
9 – Val Baiano já fez mais de 100 gols. Todos na época em que trabalhava na Volkswagen.
10 – Para Val Baiano não existe gol feio. Nem gol bonito.
11 – Stevie Wonder tem mais visão de jogo que Val Baiano.
12 – Uma pessoa foi internada em um hospício garantindo que viu Val Baiano pedir a música no Fantástico.
13 – Quando alguém marca um gol com Val Baiano no videogame, o jogo trava.
14 – Deus perdoa. Val Baiano também.
15 – Quando Val Baiano joga futebol com seu filho, o filho deixa ele fazer gols.
16 – Rubinho faz gol mais rápido que Val Baiano.

PORRA – A PALAVRA MAIS RICA DO BAIANÊS

Esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um curinga da língua portuguesa, principalmente, em Salvador/BA.
Vejam os exemplos a seguir:

1) PORRA pode ser utilizada para várias situações cotidianas:
Se você toma um susto: POOORRA!
- Se você vê um amigo: legal te ver, PORRA ou Você sumiu PORRA!
- Se você admira algo: POOOORRA!
- Se você está indignado: Que PORRA!
- Como adjetivo: Você é uma PORRA!
- Pra mandar alguém se acalmar: Queta PORRA!
- No diminutivo, pode ser elogio: Gosto muito de você, seu PORRINHA!

2) Como indicação geográfica:
Onde fica essa PORRA?
- Na casa da PORRA
- Vá pra PORRA!
- 18 horas – vou embora dessa PORRA!

3) Sentido de quantidade:
Trabalho pra caramba e não ganho PORRA nenhuma!
- Isso é caro pra PORRA!
- Ela mora longe pra PORRA!
- Ela é bonita pra PORRA!

4) Substitui qualquer objeto:
Não se enxerga PORRA nenhuma!
- Não ganhei PORRA nenhuma de presente!
- Vou “picar” a PORRA! (sinônimo de jogar)
- Deixa essa PORRA aí!
 
- Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo PORRA nenhuma…-

sábado, 16 de outubro de 2010

APENAS UMA HISTÓRIA...

Havia certa vez um homem navegando com seu balão, por um lugar desconhecido.
    Ele estava completamente perdido, e qual grande foi sua surpresa quando encontrou uma pessoa...
    Ao reduzir um pouco a altitude do balão, em uma distância de 10 m aproximadamente, ele gritou para a pessoa:
    - Hei! Você aí­! Onde eu estou?
    E então a jovem respondeu:
    - Você está num balão a 10 m de altura!
    Então o homem fez outra pergunta:
    - Você é professora, não é?
    A moça respondeu:
    - Sim... Caramba! Como o senhor adivinhou?
    E o homem:
    - É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...
    Então a professora perguntou:
    - O senhor é o secretário da educação, NÃO É?
    E o homem:
    - SOU... Como você adivinhou?!
    E a Professora:
    - Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no professor.

sábado, 25 de setembro de 2010

Diogo Mainardi é minha anta

Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge




Por Altamiro Borges



Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

“Fim de uma era de infâmia”

Luis Nassif também suspeita que Mainardi vá deixar o país para evitar a Justiça. A referência ao medo de ser preso “é real. Condenado a três meses de prisão por calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga, como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho. Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Ele foge para todo lado”.

Para o blogueiro que já foi alvo das agressões do pitbul da Veja, o festejado anúncio representa “o fim de uma era de infâmia”. “O problema não é o Mainardi. Ele é apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra. Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro”.

“Sou um conspirador da elite”

André Cintra, editor de mídia do portal Vermelho, apresenta ainda outra hipótese. Ele constatou que Mainardi perdeu espaços na imprensa, inclusive na Veja. “Ele perdeu credibilidade e, talvez, renda”. Essa suspeita já fora apontada, algum tempo atrás, por Alberto Dines, do Observatório da Imprensa. “Há poucos meses, ele puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Veja já não agüenta tanta fanfarronada”.

Levanto aqui outra suspeita. Filhinho de pai, Mainardi sempre fez turismo pelo mundo. Ele não tem qualquer vínculo com o país e seu povo. Até escreveu um livro sugestivamente intitulado de “Contra o Brasil”. Na fase recente, com a eleição de Lula, seu ódio ficou mais doentio. “Sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/08/05). Ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com a sua reeleição.

Coitado do cão sarnento

Este “difamador travestido de jornalista”, como bem o definiu o ministro Franklin Martins, fez inimigos por todos os lados. Satanizou o sindicalismo, o MST, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apoiou o genocídio dos EUA no Iraque e destilou veneno contra Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. O seu egocêntrico “tribunal macartista mainardiano”, no qual fez acusações levianas contra vários jornalistas, gerou protestos das entidades do setor.

Odiado por todos e prevendo a derrota do seu candidato nas eleições de 2010, Mainardi anuncia agora: “Vou embora”. Talvez não sinta mais clima para ficar no país e perceba que suas bravatas fascistas não convencem muita gente. Teme até ser preso por suas difamações e calúnias. Não agüentaria a continuidade da experiência aberta pelo presidente Lula, com a eleição de Dilma Rousseff. No twitter, brinquei que sua fuga lembra o cachorro sarnento que abandona o próprio dono. Muitos reagiram: é sacanagem com o pobre animalzinho. Concordo e peço desculpas! 


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Neymar Futebol Clube - antigo Santos Futebol Clube

A vitória de Neymar na queda de braço com técnico Dorival Junior do comando do Santos gerou uma avalanche de frases brincando com a situação no Twitter.
 
Confira abaixo algumas das frases mais criativas feitas pelos internautas:
 
Neymar demite juiz que marcou falta dele! Neymar não faz falta, os jogadores que caem com medo dele! #NeymarFacts 
 
!!º mandamento: Jamais deixará de satisfazer Neymar! Deixará que ele cobre todos os pênaltis e xingue você, ou será demitido! #neymarfacts 
 
Neymar comprou um iPhone 4. Três segundos depois, Steve Jobs foi demitido! #neymarfacts
Neymar Futebol Clube acaba de declarar o novo nome do planeta Marte, que a partir de agora será: Neymarte #Neymarfacts 
 
DENUNCIA: Estava jogando Fifa no PC e ele deu tela azul depois que substituí o Neymar. #neymarfacts 
Numa excursão do time infantil do Santos pela Alemanha em 1989, foi Neymar quem derrubou o Muro de Berlim. #neymarfacts 
 
O q o presidente do Santos disse a Neymar Futebol Clube quando demitiu Dorival Junior?”Venha tesouro, não se misture com essa gentalha” 
 
“Tropa de Elite 3” já tem história definida. Nascimento é chamado pra treinar o ex-Santos, atual Neymar Futebol Clube. 
 
Neymar Futebol Clube chama o Capitão Nascimento de 02 
 
Se o Neymar participar do Big Brother Brasil e ele for eliminado… quem sai é o Pedro Bial 
 
E o Neymar vai mudar o nome do clube de Santos pra Santo. Afinal, santo lá, só ele.


Nova Técnica do Santos
Começam as especulações sobre próximo treinador do Santos. Neymar no entanto não confirma nenhum nome!

Quando apareceu CALA BOCA NEYMAR NOS TT's, ele demitiu o dono do twitter.

Quando o Neymar Futebol Clube perde uma partida de futebol no Playstation 2, cai um presidente da Sony.

Depois de ter demitido Dorival Junior, Neymar promete anunciar ainda esta semana novo técnico do Santos Futebol Clube.

O médico que deu um tapa no traseiro do Neymar nunca mais encontrou um emprego.

Neymar declara que só saberemos se o Mano Menezes continuará no cargo de técnico da Seleção Brasileira depois da próxima convocação.

O Dorival disse para Neymar: só vou ser Demitido no dia que Nevar em São Paulo!

O Neymar fez chover em São Paulo.

O Neymar previu o atentado de 11 de setembro.

Neymar, aos 9 anos, passeava por NY quando teve sua entrada proibida no World Trade Center. Data do evento: 10/09/2001

o Neymar vai dar game over no #Restart e dar um #Restart nos Mamonas Assassinas!

Neymar pediu pra ser rei, Roberto Carlos e Pelé hoje São meras celebridades

Lula apostou um dedo com Neymar pra ver quem era o homem mais poderoso do Brasil

Neymar mandou soltar o bruno, pq ele quer fazer um gol nele

Neymar Justos para o aprendiz Dorival: "Dorival, vai tomar no cu, você está demitido!

Neymar foi a pessoa que mais ligou para o Criança Esperança.

Neymar tem tanto R$ que ele nem se importava de pagar pensão pra Stephanie Brito.

O Neymar é tão rico que paga o seu próprio salário, porque ninguém tem tanto dinheiro.

Quando dizem que "Felicidade não tem preço" é porque ninguém sabe quanto Neymar pagou por ela.

O Neymar é tão rico q o q ele recolhe de imposto de renda é o suficiente para cobrir o rombo da previdência.

A gorjeta que o Neymar dá pro entregador de pizza é maior que o seu salário por mês.

O Messi deu um helicóptero pro Maradona.. O Neymar já encomendou um onibus espacial pro Mano Menezes.

O neymar é tão rico,que quando sua casa suja ele não contrata uma empregada,ele compra uma casa nova.

Antes de fazer uma pesquisa espacial, a NASA entra em contato com Neymar para conseguir o dinheiro necessário.

Neymar só não foi pro Chelsea porque um jogador não pode ganhar mais que o dono do clube.

Neymar é tão rico que pediu um joão-bobo pra treinar lençol. Acabou ganhando o Chicão e Marcinho Guerreiro.

O Neymar é tão rico que ele não dá caneta nos adversários, ele dá Mont Blanc.

O neymar é tão rico que o seu barriga deve 14 meses de aluguel pra ele.

Quando Neymar recebe cartão amarelo, o cartão é de ouro.

Neymar é tão rico que Eike Batista pediu dinheiro emprestado a ele.

Neymar não faz gol, porque gol é carro popular.

Neymar é tão rico, que quando estava passeando em Brasília perdeu sua carteira no meio da rua, esse lugar agora é conhecido com Banco Central

O Neymar é tão rico q nunca dá carrinho.. dá Ferrari, Lamborghini..

Chelsea fez uma proposta ao Santos para comprar Neymar e Neymar fez uma proposta ao Chelsea para comprar o Chelsea.


  • Neymar chama Dorival de viado e a diretoria do São Paulo já se interessa pela contratação do ex-técnico do Santos."


  • Neymar vai ser o protagonista do remake do filme 'Ninguém segura esse bebê
  • Neymar chama Capitão Nascimento de 02
  • Vou dormir porque se eu chegar atrasado no trabalho amanha o Neymar me demite! Boa noite
  • Quem vai entrar no lugar de Dorival Jr no Santos? A Super Nanny é a mais cotada!
  • Se o Neymar participar do big brother brasil e ser eliminado ..quem sai é o Pedro Bial
  • O dono do Chelsea desistiu de comprar o neymar por medo de ser demitido por ele depois
  • Neymar é o único cara que xinga o chefe e o chefe é que é demitido   
  • Neymar é que vai escolher o presidente do Brasil. Não percam seu tempo votando
    • Oi, Neymar... Manda essa minha enxaqueca cabulosa ir embora, por favor? Eu sei que você pode!
  • Quando parar de jogar futebol Neymar vai dar palestra para funcionários de como demitir seu chefe. 
  • Fiquei sabendo que o Neymar vai assumir o aprendiz. Ele vai demitir mais pessoas que o Justus
  •  Quando criança, Neymar não brincava de lutinha: mandava os outros se jogarem no chão e decretava vitória.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dossiê Veja



(Na foto, os ACMs, alguns dos "gurus" da publicação.)

NovaE foi uma das pioneiras a denunciar o jornalismo marrom da revista.
Relembre alguns casos de manipulação dos fatos feita por Veja
Verbete: dossiê
[Do fr. dossier.]
Substantivo masculino.
1.Coleção de documentos referentes a certo processo, a determinado assunto, ou a certo indivíduo, etc.

Laboratório de invenções da elite
Por Anselmo Massad, da revista Fórum

 

Manipulação e maldade: Matérias encomendadas, fotos manipuladas, para desmoralizar os sem-terra. Fraternidade com os excluídos só da boca para fora da "família brasileira".
Um movimento popular ganhava atenção e simpatia da opinião pública fazia dois anos. Era preciso desmoralizá-los. Em junho de 1998, a capa da revista semanal com maior tiragem do país enquadrava uma das lideranças do movimento com uma iluminação avermelhada produzida nas telas de um computador sobre o rosto com uma expressão tensa. A chamada não deixava dúvidas: “A esquerda com raiva”. O rosto demonizado era de João Pedro Stédile, líder do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), e a publicação, Veja.
Na matéria, além de explicitar sua posição, descredenciando o movimento por defender idéias contrárias às defendidas pela revista, os sem-terra eram apresentados como grupo subversivo-revolucionário, quase terrorista. Apesar das quase duas horas de entrevista, só foram aproveitadas declarações do líder de debates sobre socialismo em congressos devidamente descontextualizados. Stédile conta que, após a publicação daquela reportagem, ele e as lideranças do movimento tomaram a decisão de não atender mais à revista. Na época, uma carta anônima circulou por correio eletrônico revelando supostos detalhes de como a matéria teria sido produzida. A carta não comprova nada, e atribui ao secretário geral de Comunicações de Governo de Fernando Henrique Cardoso, Angelo Matarazzo, a “encomenda” para desmoralizar os sem-terra.
A iniciativa de não dar entrevistas à Veja também foi adotada por Dom Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo da Arquidioscese de São Paulo, quando presidia a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O motivo era a distorção da cobertura. Procurado, não quis discutir o tema, apesar de manter a determinação de não conversar com jornalistas do veículo.


Amaldiçoando Chavez
O presidente da Venezuela é "tudo de mal" para quem faz "beicinhos" em cafés beneficientes.
O presidente venezuelano Hugo Chávez é o mais recente alvo no plano internacional. Em 2002, Veja chegou às bancas no domingo com a chamada "A queda do presidente fanfarrão", quando a reviravolta já havia ocorrido e a manobra golpista denunciada. A "barriga", jargão jornalístico empregado a erros da imprensa, não foi sequer corrigida ou remediada. Em 4 de maio desse ano, Hugo Chávez voltou a ser alvo da revista, com a pergunta na capa "Quem precisa de um novo Fidel?", ditador cubado a quem a revista sempre se esperneou.
A lista é extensa, mas as razões derivam de uma fórmula simples. “Veja faz um jornalismo de trás para a frente”, explica Cláudio Julio Tognolli, repórter do semanário na década de 1980 e hoje professor da USP.Segundo ele, se estabelece uma tese e a partir dela se parte para a rua, para a apuração. Ouvir lados diferentes da história e pesquisar sobre o tema são práticas que não alteram a “pensata”, jargão para definir a tese que a matéria deve comprovar. Dentro da redação, o melhor repórter é o que traz personagens e fontes para comprovar a tese. “Assim, Veja ensina à classe média bebedora de uísque o que pensar”, alfineta.
Júlio César Barros, secretário de redação da revista, negou esse tipo de procedimento, em entrevista realizada em meados de 2003. Ele admitiu, porém, que a posição da revista é muito clara e conhecida por todos, do estagiário ao diretor. “Medidas irresponsáveis, que atentem contra as leis de mercado ou tragam prejuízos para a economia não terão apoio da revista, que prefere políticas austeras e espaço para o empresariado”, resumiu. A versão oficial do jornalismo praticado pela revista é de que, depois de ouvir especialistas e as pessoas envolvidas, o repórter normalmente já tem uma opinião formada sobre o assunto e a reproduz na matéria. Quem já trabalhou na revista nega.


A Esquerda boba
Partidos à esquerda de Lula são utilizados conforme os interesses da revista, visando demonstrar algo demoníaco para grupos sociais que só lêem orelhas de livros.
“As assinaturas das matérias são uma ficção”, sintetiza um ex-colaborador da revista que não quis se identificar. As matérias são reescritas diversas vezes. O repórter entrega o texto que é modificado pelos editores, depois refeito pelos editores executivos e, por fim, pelos diretores de redação. No final da “linha de montagem”, o repórter, que pacientemente aguardou a edição para uma eventual necessidade de verificação de dados, não tem acesso ao texto até ver um exemplar impresso. O processo é narrado no livro do ex-diretor de redação da revista Mário Sérgio Conti, que fez parte da cúpula da publicação até 1997, como chefe de redação e diretor. A opinião que prevalece é a da revista, ainda que todos os entrevistados tenham dito o oposto, mesmo que para isso seja preciso omiti-las do leitor.
A criação de frases de efeito para os entrevistados foi, durante a década de 1980, prática comum, conforme narram diversos jornalistas ex-Veja. É do inventivo do ex-diretor Elio Gaspari a frase assumida por Joãozinho Trinta: “Quem gosta de pobreza é intelectual”. Outras foram criadas, algumas sem consulta, no caso de fontes mais próximas aos repórteres e diretores, que ganhavam carta-branca como porta-vozes de certas personalidades.
No quesito busca de frases, Tognolli conta que elaborou com colegas um dicionário de fontes que incluía verbetes como “Sindicalista que fala bem da direita” ou “Militar que fala bem da esquerda”. O material informal de consulta chegou a 70 verbetes e inúmeros nomes. Algo essencial para os dias de fechamento e encomendas de declarações sob medida.
Veja por dentro
Assim como outras revistas semanais, a estrutura é extremamente centralizada. Até o cargo de editor, o jornalista ainda é considerado de “baixa patente”, ou seja, não decide grandes coisas sobre o que será publicado. Dos editores executivos para cima já se possui poder sobre a definição do conteúdo, mas os profissionais são escolhidos a dedo. Além de competência profissional — qualidade de texto, capacidade intelectual e ampla bagagem cultural — é preciso estar muito alinhado com a editora.


Julgamento sumário 
Cássia Eller, a exemplo de Cazuza, condenada por algo que não ocorreu para manter o dito: "costumes ruins é com os filhos dos outros".
Afinados, os diretores têm grande liberdade para controlar a equipe. Quanto ao conteúdo, o espaço é considerável, ainda que o presidente do conselho do grupo, Roberto Civita, o herdeiro do império da Editora Abril, participe das reuniões que definem a capa de Veja, junto do diretor de redação, do diretor-adjunto (cargo hoje vago), do redator-chefe e, eventualmente, do editor-executivo da área.
O ex-redator-chefe, atualmente diretor do jornal Diário de São Paulo relata que Civita sempre foi muito presente na redação, ainda que sem vetos ou imposições do patrão. Leite sustenta que as matérias e capas sempre foram feitas ou derrubadas a partir de critérios jornalísticos. “Roberto Civita acompanhava a confecção da revista, sabia de seu conteúdo e dava sua opinião em reuniões regulares com os diretores da revista. Mas, de vez em quando, até saíam matérias com as quais ele não estava de acordo”, garante. Leite afirma que, nesses casos, cobrado por políticos e empresários, Civita respondia que “não controlava aquele pessoal”. “Claro que controlava, mas sabia que fazer revista não é igual a fabricar sabonete”, compara.
A revista busca agradar a quem a compra: a classe média conservadora. A tiragem semanal da revista é de 1,1 milhão de exemplares, sendo 800 mil assinantes e o restante vendido em banca. “A maioria dos que compram, gostam das opiniões, gostam do Diogo Mainardi”, lamenta Raimundo Pereira, um dos primeiros editores da revista na época em que lá ainda trabalhava o seu criador, Mino Carta.
  

Onde está a notícia?
 -  Será que a amizade com editores e diretores rendem bons frutos? Ou os interesses seriam outros? Faça você sua análise.
A cúpula da publicação reflete esse perfil. O diretor de redação Eurípedes Alcântara e o ex-diretor da revista Exame Eduardo Oinegue, autor da matéria de 1998 sobre os sem-terra, são membros do São Paulo Athletic Club, o Clube Inglês, freqüentado pela elite paulistana. Oinegue costumava defender que os jornalistas devem circular e manter amizades no meio em que cobrem. Entre empresários, se a editoria é Economia, políticos, se é Brasil etc.
Os preconceitos da elite são refletidos pela revista. Além dos movimentos sociais, há quem relate que um dos bordões de Tales Alvarenga, atual diretor de publicações, em sua fase à frente da revista era: “Não quero gente feia”. Por gente bonita, referia-se não apenas a padrões estéticos de magreza, mas também aqueles ligados à cor da pele. Segundo colaboradores próximos,fotografar negros seria quase certeza de material desperdiçado.
A despeito de comentar o livro de Mário Sérgio Conti, o ex-editor-executivo de Veja, hoje diretor do Diário de São Paulo, Paulo Moreira Leite, criticava a obra por ser parcial demais e não ser fiel aos fatos, especialmente os que envolviam os amigos do diretor. “A amizade e a proximidade excessiva com os poderosos são o caminho mais comum e mais eficaz para a impostura e a falsidade, o erro e a arrogância”, afirmava na época. Procurado novamente para falar a respeito, recusou-se a falar mais sobre Conti.
Falando em amizades, um caso em que essas relações foram reveladas, mas nem por isso foram explicadas ocorreu em novembro de 2001. O nome da editora de economia de Veja, Eliana Simonetti, aparecia na agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos. Ela recebeu a quantia de 40 mil reais em empréstimos, segundo sua própria estimativa. A revista, de acordo com a jornalista, sabia do relacionamento. Quando os repasses vieram a público, ela foi demitida, sob a alegação de "relacionamento impróprio" com uma fonte.
  
A triste e desinformada classe média -  Que enaltece o "império", quer se manter sempre jovem e medíocre, pois se pauta pela novela das 8.
O maior problema é que a informação surgiu a partir de uma agenda do lobista, envolvido com empresas transnacionais e influência direta sobre funcionários do Palácio do Planalto. Quem revelou a existência do documento foi Veja, cuja reportagem fez vista grossa ao nome da colega. Para dar satisfação à opinião pública, a revista publicou somente uma nota a respeito. Nenhuma investigação foi promovida sobre eventuais matérias compradas, hipótese negada pela ex-editora e pela revista. Simonetti não respondeu aos contatos, mas afirmou, à época, que "todo jornalista tem seu lobista", colocando toda a classe sob suspeita. Ela processou a Abril, e ganhou em primeira instância no ano seguinte o direito à indenização de 20 vezes o valor do último salário.
Império
Publicações tradicionais do mundo todo têm sua posição claramente conhecida pelo público, sem roupagem de imparcialidade. Os questionamentos éticos aparecem quando as relações por trás desses interesses não são transparentes ao público leitor. Um dos motivos dessa falta de transparência é o surgimento dos grandes conglomerados de comunicação. Esse fenômeno adquire contornos mais dramáticos no Brasil, que permite a propriedade cruzada dos meios de comunicação (uma mesma empresa detém meios impressos e televisivos, por exemplo).
O presidente da Radiobrás e ex-diretor de publicações da Abril, Eugênio Bucci, alerta que os grupos transnacionais de entretenimento compram TVs e jornais e os restringem a um mero departamento. “A pergunta que se colocava antes era se o jornalismo é capaz de ser independente do anunciante. Hoje se questiona se ele é capaz de ser independente do grupo que o incorporou”, avalia.
   
Sexo para vender -  O "falso moderno" utilizado na apelação básica e para quando o foco deve ser desviado, conforme os interesses imediatos. Frustrações devem ser mantidas dentro do armário.
A concentração dos veículos de comunicação nas mãos de poucos grupos, ainda que nacionais, é a marca da história da mídia no Brasil. O grupo Abril não foge à regra. Ele abarca um complexo que envolve 90 revistas, duas editoras de livros (Ática e Scipione), uma rede de TV (MTV), uma de TV a cabo (TVA) e uma rede de distribuição de revistas em banca de jornal (Dinap), além de inúmeras páginas na internet. Tem sete das dez revistas com maior tiragem no país e, nesse quesito, Veja é a quarta maior do mundo.“A Abril faz o que for preciso para expandir seu império, se for preciso derrubar um artigo da Constituição, alterar leis ou políticas, ela usa suas publicações para gerar pressão”,sustenta Giberto Maringoni, jornalista, chargista e doutorando em história da imprensa.
A evolução do império Abril dá uma mostra de como ela soube usar bem sua, digamos, habilidade. O início das atividades se deu em 1950, com a publicação das revistas em quadrinhos do Pato Donald, personagem de Walt Disney. O milanês Victor Civita aproveitava a licença para a América Latina e a amizade do irmão Cesar com o desenhista norte-americano para lançar os produtos. Apesar de simbólico, não se pode dizer que o grupo tenha sido um propalador de enlatados norte-americanos ou produzido materiais de má qualidade em sua história.
 

Inflando balões -  A procura de uma alternativa para derrotar Lula, a revista atirou em todas as direções. Teve que engolir o "sapo barbudo" que obriga a classe média a revelar seus preconceitos com os pobres e os feios.
O surgimento de diversas revistas, incluindo Veja, um semanário informativo — e não uma revista ilustrada, como o nome e as concorrentes sugeriam —, o lançamento de coleções na década de 1960, como A conquista do espaço, a revista infantil Recreio, sob o comando da escritora Ruth Rocha, e a revista Realidade, uma das melhores feitas no país até hoje, são exemplos de publicações de qualidade da editora. Qualidade que não se manteve, segundo o diretor responsável pela criação de Veja em 1968, Mino Carta. Ele considera a publicação da Abril muito ruim, assim como todas da grande imprensa brasileira, à qual lê muito pouco, para “não sofrer demais”. Na época em lançou o livro Castelo de Âmbar (Editora Record, 2000), afirmou aos quatro ventos a incompetência e até a “imbecilidade”, em suas palavras, dos donos da Abril, que “não entendiam nada de Brasil, assim como não entendem ainda hoje.”
O episódio da demissão de Carta do seu posto na revista Veja é um exemplo do tipo de interesses que pautam os donos da Abril e o jornalismo de suas publicações. A censura prévia havia sido suspensa em março de 1974, com a posse do general Ernesto Geisel. Combativa, a redação publicou três capas seguidas com duras críticas ao governo. A gota d'água para o regime foi uma charge de Millôr Fernandes, que apresentava um preso acorrentado e um balão com a fala de um carcereiro oculto, do lado de fora da cela: “Nada consta”.
Na negociação operacional da censura, Carta conta que Roberto Civita, filho de Victor, ofereceu a cabeça de Millôr a Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, para tentar evitar a censura. O então ministro da Justiça, Armando Falcão, queria a cabeça de Carta. No livro, ele menciona uma carta escrita por Sérgio Pompeu de Souza, o preferido de Falcão e diretor da sucursal de Brasília, sugerindo ao conselho a demissão do diretor para facilitar as coisas para a revista. Carta afirma que, entre as facilidades, estava incluso a liberação de um financiamento da Caixa Econômica Federal para saldar uma dívida de 50 milhões de dólares no exterior.
Na versão oficial, reproduzida no livro de Conti, os Civita queriam noticiar os progressos do país e Carta, só os aspectos negativos do regime. Queriam ainda expandir o grupo, com a construção de hotéis. Foi preciso ceder ao governo. O episódio decisivo foi a exigência da demissão do dramaturgo Plínio Marcos, colunista da revista. A negativa de Carta em fazê-lo foi o motivo alegado para o seu desligamento, em abril de 1976. Dois meses depois, a censura na revista acabou.


De caçador de marajás a criminoso - 
Uma classe social que não sabe votar, mas é mestra em deixar seus protegidos no meio do caminho, "dependendo do que ele faça com a poupança da mamãe".
Desde então, Veja tem servido a interesses políticos e econômicos para preservar os seus, ainda que isso implique mudança de posição. Um exemplo foi o comportamento na ascensão e queda do ex-presidente Fernando Collor de Melo. O livro Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conti, conta em detalhes o período, ainda que inclua a maioria da grande imprensa. Da capa sobre "O caçador de marajás", em 1988, até a “Caso encerrado”, sobre a morte de Paulo César Farias, a despeito do laudo do médico-legista Fortunato Badan Palhares, em 1993. A adesão automática à candidatura alternativa aos perigosos Leonel Brizola e depois Luiz Inácio Lula da Silva, favoritos naquele pleito, foi dando lugar aos escândalos de corrupção no decorrer do governo.
Os que têm seus interesses atendidos pela revista também mudam. Para Tognolli, durante a década de 1980, a revista vivia sob a tutela de Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), quando Elio Gaspari era o diretor da revista. Nos anos de Mário Sérgio Conti, houve uma pequena melhora, até a transição ocorrida nos anos de Fernando Henrique em Brasília“O que antes era ninho dos baianos, hoje é ninho dos tucanos. Quem começou a campanha da mídia contra o atual governo foi Veja”, sustenta.


FHC e ACM  
 -  Dois caciques se revezam no posto de manda-chuva da elite com "causa própria" da sociedade brasileira.
Um levantamento das capas entre os anos de 2000 e 2005 mostram claramente o seu jornalismo tendencioso. Política interna e economia são os temas de capa mais freqüentes em 2000, 2002 e 2005. Curiosamente, em 1998, ano de eleições federal e estadual, esses temas estiveram bem ausentes: só foram destacados em 11 das 52 edições. Nada se compara a 2005, em que quase metade das 28 capas produzidas até o fechamento desta reportagem destaca temas políticos. Desnecessário dizer que o prato principal era a corrupção.
Um exemplo foi o uso de uma pesquisa do Instituto Ipsos Opinion, divulgado pela revista na edição de 13 de julho. No levantamento, constatou-se que 55% dos entrevistados acreditavam que Lula conhecia o esquema de corrupção, ao mesmo tempo em que a popularidade pessoal e do governo permaneciam estáveis em relação ao estudo anterior. A avaliação dos analistas do grupo, de que a imagem do presidente permanecia intacta, foi omitida, o inverso do apregoado pela reportagem de capa. A visão dos autores só foi publicada depois de duas edições na seção de cartas, sem o menor destaque.


FHC pode -
 Uma única capa sobre a compra de votos no governo FHC, substituiu o termo "Corrupção" por "Reeleição".
Raimundo Pereira acredita que, se não fosse o caso do financiamento de campanha, é bem possível que se achasse outro assunto para desmoralizar o atual governo. “Veja não está isolada em sua ação, mas é a ponta de lança, a que tem mais prestígio e circulação”, avalia.
Tratamento bem diferente daquele dado ao caso da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre o assunto, com o rosto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada “Reeleição” e “A compra de votos no Congresso”, em letras menores. Como se não fosse corrupção. Assepsia total para o Planalto. Um servilismo ao governo que, com os petistas no poder, se transformou em ódio.