domingo, 20 de abril de 2008

VILA SÉSAMO IMPRÓPRIA PARA MENORES


Vila Sésamo foi uma série de televisão, versão brasileira baseada no programa infantil norte-americano Sesame Street (criado pela Children’s Television Workshop de Nova York, baseado em opiniões e conceitos emitidos por técnicos de educação e agência de publicidade).
Foi apresentado nos anos 70 (produzida de 1972 a 1977). Era uma produção conjunta da Rede Globo com a TV Cultura de São Paulo, sendo exibida pelas duas emissoras. Em 29 de outubro de 2007, a TV Cultura lançou a nova versão do programa estrelando a personagem brasileira Bel e os tradicionais Elmo e Grover. Tinha a direção de Ademar Guerra e os bonecos Garibaldo e Gugu foram criados por Naum Alves de Souza. Há ainda o boneco menos famoso conhecido por Funga-Funga. A Cultura exibe o programa duas vezes: às 8h30 e às 14h, além da versão original, batizada de Sesame English, às 12h15, visando o aprendizado da língua inglesa. Aos sábados, Vila Sésamo vai ao ar às 14h.
Trouxe para a televisão uma fórmula inteligente que conseguia mesclar diversão com educação e humor. A série instigava a pensar. Conseguia ser educativo sem ser chato. E, muito antes de qualquer modismo, falava sobre ecologia, amor aos animais e outros assuntos que mais tarde ganhariam uma dimensão bem maior.
As duas primeiras temporadas da Vila Sésamo acabam de ser editadas em DVD nos Estados Unidos com dois avisos: «O conteúdo é para maiores e poderá não ser apropriado para crianças do pré-escolar», noticia o El País.
No primeiro episódio da Vila Sésamo, emitido em Novembro de 1969, uma menina fazia-se amiga de um desconhecido que a convidava para ir a sua casa comer leite com bolachas.
Também há uma cena em que Egas pede a Becas que lhe passe o sabonete enquanto está no banho. Há algum tempo surgiu a polémica sobre se os dois bonecos formariam um par homossexual.
Telespectadores hipersensíveis
«Os telespectadores de hoje tornaram-se hipersensíveis. Os roteiristas de Vila Sésamo não tinham segundas intenções. As suas decisões eram tomadas de forma inocente, e só depois foram questionadas quando entraram em jogo as guerras culturais. A sua única condição era fugir da violência e não escrever roteiros que pusessem em perigo físico as crianças ao imitá-los», explicou à rádio NPR Daniel Anderson, que aconselhava nos anos 70 a equipe da Vila Sésamo e que hoje trabalha como psicólogo na Universidade de Massachusetts.
Mas segundo a produtora executiva do programa, Carol-Lynn Parente, «há modelos de comportamento de então que hoje não são aceitáveis», declarou ao The New York Times. «Por exemplo, aquele em que o Monstro das Bolachas fumou um cachimbo e depois o comeu».
A versão atualizada do Monstro das Bolachas devora cenouras em vez de bolachas desde 2005.
Recorde-se que há alguns anos acusou-se o personagem Tinky Winky, dos Teletubbies, outro popular espaço infantil, de «promover» a homossexualidade por andar com uma bolsa cor-de-rosa e por ter um triângulo invertido na cabeça.

Os Estados Unidos, a terra da liberdade e das liberdades, continua a surpreender.
Então editam a série e colocam-lhe aqueles avisos! Quem é que eles esperam que vá comprar a série da bonecada?! Os adultos, não? Para recordar…
Ele há coisas…
E já agora: se o Monstro das Bolachas começou a devorar cenouras, não deveria mudar de nome?
FONTES:
wikipédia