Nesta segunda-feira, em participação no programa "Bem, Amigos", do canal Sportv, o presidente da CBF Ricardo Teixeira lamentou a desclassificação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010 e ressaltou a importância de uma renovação do plantel para a disputa da Copa de 2014.
- Recebi da Fifa um documento, por exemplo. O time da Alemanha tem nove jogadores abaixo de 23 anos. Nós temos um. A Argentina tem sete, Gana, onze. O time da Espanha tem seis. Enfim, é um projeto daqui para frente - projetou Teixeira.
Em entrevista ao canal SporTV, Ricardo Teixeira, admitiu que ao longo deste período, pensou em trocar o comando. Porém, como o trabalho já estava sendo desenvolvido, teve de "tocar o barco".
- Quando você está no meio do Atlântico, você tem de atravessar o Atlântico, não há como voltar. Você tem de ir levando as coisas da melhor maneira possível. Não há solução - afirmou.
Sobre o nervosismo que o técnico Dunga transmitia, Teixeira também concordou que ele pode ter influenciado a cabeça dos jogadores.
- Não adianta dizer que isso não influencia (Dunga descontrolado), pois influencia. Se eu invadir o campo, isso vai desestabilizar. O que ficou patente foi o nervosismo do segundo tempo. Isso ficou claro - disse, lembrando a partida da eliminação, contra a Holanda.
Já o meia Sneijder, carrasco do Brasil na Copa, exaltou o trabalho do técnico Bert van Marwijk, mas não deixou de alfinetar o Brasil.
- Faz bem ter alguém que transmite calma e não pressão e pânico aos seus jogadores. Mesmo após sofrermos o primeiro gol contra o Brasil, ele se manteve tranquilo. Eu prefiro um treinador assim ao lado do campo a idiotas como Dunga ou Maradona - afirmou Sneijder, em entrevista à revista holandesa "Helden".
Jorginho sai queimado da Seleção Brasileira
Auxiliar técnico de Dunga perdeu a confiança dos jogadores
Jorginho, o auxiliar técnico e fiel escudeiro de Dunga, também deixará a comissão técnica da Seleção. Ele foi criticado por jogadores, diferentemente do técnico, que recebeu até elogios dos atletas, segundo reportagem de domingo do jornal "Folha de S.Paulo".
Isso porque Jorginho teria pregado durante o Mundial que a equipe deveria ficar isolada e sem folgas dentro de um hotel em um condomínio de Johannesburgo.
Ele e o técnico teriam exigido no grupo que os parentes dos atletas deveriam ficar no Brasil para evitar que o time "perdesse o foco". Os jogadores se sentiram traídos porque o auxiliar fez o contrário do que pregou. Jorginho manteve, desde o início da Copa, sua mulher e seus filhos em Johannesburgo.
A partir daí, segundo a reportagem, Jorginho foi perdendo o poder no grupo. Ele teria desagradado os dirigentes por indicar ainda a contratação de evangélicos em funções como olheiro e segurança da Seleção Brasileira.